segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Por que você aumenta de peso?
O combate à obesidade é um dos maiores desafios mundiais, muitas são as causas, porém, gostaríamos de destacar nesta matéria algumas situações especiais e fatores que nem sempre são considerados, mas que podem elevar o aumento de peso de balança.
Vale lembrar que nem sempre este aumento é de gordura, mas que deixam muitas pessoas em pânico sem tanta necessidade.
Sabendo mais sobre eles você poderá evitá-los facilmente.
* O período pré-menstrual
Neste período o organismo passa por alterações hormonais que interferem na produção de algumas substâncias, entre elas a aldosterona, que tem a função de regular a quantidade de sódio no organismo. Este por sua vez atrai mais água nas células, podendo causar retenção hídrica.
Também ocorrem alterações nos níveis de estrogênio e progesterona, hormônios femininos que, quando em alta, tendem a reter líquidos no corpo e dificultar a eliminação.
Além disso, os níveis de neurotransmissores como a serotonina estão mais baixos, o que faz a mulher sentir mais vontade de consumir carboidratos, podendo gerar assim um aumento no peso.
*Retenção hídrica
A retenção hídrica pode acontecer por fatores fisiológicos e/ou alimentares. Algumas pessoas já possuem certo desequilíbrio hormonal que a faz reter mais líquidos nos tecidos, além disso, podem também possuir um fluxo renal mais lento, fazendo com que a eliminação hídrica seja mais devagar.
O excesso de alimentos ricos em sal eleva o nível do mineral sódio, principal responsável pela retenção de líquidos. Estudos demonstram que o brasileiro consome mais do que o recomendado, não só pelo tradicional sal de cozinha, mas pelo excesso de alimentos industrializados, como molhos prontos, conservas, embutidos e até biscoitos doces. O mineral promove o acúmulo de líquidos nos tecidos e provoca o inchaço. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que cada pessoa não ultrapasse 2,4 gramas de sódio (cerca de 5 gramas de sal) por dia, mas um estudo recente da Universidade de São Paulo (USP) revelou que o brasileiro consome quase o dobro disso: 4,5 gramas de sódio (aproximadamente 10 gramas de sal) diariamente.
*Aumento da massa muscular
Um dos fatores que compõe o volume nosso músculo é a água intra-celular com um porcentual em peso superior a 70%. Este processo de hidratação das fibras musculares ocorre quando se pratica atividades físicas, principalmente exercícios de força. A quantidade de água intracelular é proporcional aos depósitos de glicogênio, que atrai moléculas de água na proporção aproximada de um grama de glicogênio para três gramas de água. Portanto quando se aumenta a massa muscular, ocorre um aumento de peso devido ao peso de tecidos formados e da água. Mas, ao mesmo tempo este processo se torna vantajoso uma vez que aumentar a massa muscular significa aumentar o metabolismo basal e consequentemente o gasto calórico diário, pois os músculos consomem energia para se manterem.
*Horário que se pesa
O horário do dia em que se pesa tem influencia sobre o peso corporal, tanto pela ação da gravidade, como porque com o passar do dia nós nos alimentamos, e estes ainda estão em fase de digestão, não ocorrendo ainda à eliminação dos resíduos. A explicação da ação da gravidade é que após um dia inteiro trabalhando, em pé ou sentada, os líquidos corporais que deveriam circular na corrente sanguínea pelo corpo ficam acumulados nos membros inferiores. É por isso que se nota as pernas pesadas e os pés mais inchados e mais comprimidos dentro do calçado. Ao deitar-se este líquido é redistribuído pelo corpo, assim, quando se levanta na manhã seguinte, vê que o inchaço se foi.
* Constipação intestinal
Sim, a constipação intestinal pode influenciar no aumento de peso, uma vez que após ocorrer à ingestão alimentar, há o processo de digestão, absorção e por fim a eliminação dos resíduos que não são mais aproveitados pelo organismo. Caso haja um comprometimento em alguma destas etapas, levando a retenção das fezes há um aumento de peso proporcional ao peso das mesmas, em média de 100 a 300 gramas, podendo variar dependendo da quantidade de material não absorvível (principalmente carboidratos).
*Excesso de transpiração
A quantidade de suor perdida durante a atividade não significa que esteja perdendo calorias, mas sim água e sais minerais. Assim, estima-se que se depois da atividade física você se pesou e esteja com 500 gramas de peso a menos, significa que você perdeu 500ml de água e minerais, então, o ideal é que os reponha o mais breve na forma de água ou até mesmo como repositores hidroeletrolíticos, em caso de maiores perdas.
*Estresse
O cortisol é um hormônio produzido pelas glândulas supra renais e liberado na circulação em situações de estresse, junto com outros hormônios. Os estudos confirmam que a secreção do cortisol induzida em situações de estresse aumenta a gordura abdominal e bloqueia a queima de gordura como um todo.
Estudos epidemiológicos confirmaram que a distribuição central da gordura é correlacionada com estados psicológicos adversos, tais como depressão ou ansiedade, ou com problemas sociais.
Após estas situações ocorre uma necessidade pelo consumo por alimentos que geram energia rápida, como os doces, massas, pão, levando também a um aumento de peso de gordura corporal. Estas células de gordura produzem substâncias inflamatórias, o que prejudica mais o emagrecimento.
*Estrutura óssea
Cada um dos indivíduos possui um biotipo (característica herdada geneticamente). No que se refere ao peso ósseo há 3 tipos: pequeno, médio e grande. Cada um possui suas características próprias e que devem ser levados em consideração ao tentar exigir de si mesmo resultados além dos quais a sua genética não permite.
Porém também possui influência de acordo com os hábitos alimentares e estilo de vida, quem possui os ossos mais largos poderá emagrecer de peso de gordura, porém seu peso ósseo deverá ser considerado. Assim, ultrapassar os limites da estrutura óssea é impossível.
*Privação de sono
Vários dados mostram também que dormir poucas horas engorda. É que a privação está associada à diminuição dos níveis de leptina, hormônio emagrecedor. A leptina, é um hormônio capaz de controlar a sensação de saciedade, também é secretada durante o sono. Pessoas que permanecem acordadas por períodos superiores ao recomendado produzem menores quantidades de leptina. O resultado é que o corpo sente necessidade de ingerir maiores quantidades de carboidratos.
Fonte: Equilibrio Nutricional